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Domingo, 21 de Outubro de 2007

Ainda mais perto

Depois de postar sobre a peça e começar a zapear pela TV antes de tentar dormir, dou de cara com o próprio filme no AXN.

Fiquei meio assim de assistir logo depois de ver a peça, mas acabei sucumbindo e vendo o terço final. Conclusões fresquinhas:

* Rachel Ripani é mais "safada" que Natalie Portman. A americana projeta uma inocência maior à sua Alice, enquanto a brasileira mescla mais aquele endurecimento que vem das porradas que a vida dá - e que Alice tem em quantidades industriais, desde o surgimento de sua persona até a frieza com que termina o relacionamento;

* Amazyles é uma Anna mais crível que Julia Roberts. As fraquezas e indecisões da fotógrafa ficam ainda mais realçadas nos pequenos gestos e quase-movimentos que ela faz, contra o olhar pidão e meio blasé da estrela hollywoodiana (E não é porque sou fã da Amazyles...);

* Os papéis masculinos meio que se equivalem, mas Clyve Owen é mais canalha que o Joca;

* Incrível como é bacana o efeito das janelas do Teatro Augusta por trás do palco, mostrando um trecho de São Paulo como parte do cenário. Fica com um clima muito parecido com as cenas do filme em que as panorâmicas constroem o mood.;
* O texto do filme é muito próximo ao da peça, mas as cenas extras e o final diferente valem à pena. Não percam a volta da peça no mês que vem.

* E por fim, ouvir "Blower's Daughter" no fim de um fim de semana, depois de ter visto uma peça que fala tão fundo a um coração cicatrizado e isolado numa megalópole é uma puta sacanagem!

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De perto...

A história é conhecida de quase todos: Alice é uma linda e perturbada menina, que se apaixona pelo belo e um pouco menos perturbado jornalista Daniel, que se encanta pela fotógrafa Anna, que acaba conhecendo o médico Lawrence - que se revela também perturbado.

Entre trocas de casais, buscas e perdas, erros de julgamento e conseqüências, vamos sendo enredados em uma teia de emoções e falhas humanas até demais. O elenco, formado por Rachel Ripani (Alice), Daniel Faleiros (Dan), Joca Andreazza (Larry) e a querida Amazyles de Almeida (Anna) vive as dores, as tentações, as reconciliações, as verdades e mentiras do amor, da sua busca constante e da indecisão sobre o que fazer quando se encontra este Graal.

O autor da peça original, Patrick Marber, diz que é uma peça sobre pessoas que amam. Acho que podemos reduzir a frase e dizer que é um texto sobre pessoas.

As interpretações são belíssimas, no tom certo e sem aquela certa gritaria que muitos diretores confundem com impostação. Amazyles e Rachel estão seguras em seus papéis e Daniel Faleiros dá um toque frágil e verdadeiro ao seu homônimo personagem.

Como fui a convite de Amazyles, estava com um certo receio de me deixar levar pelo carinho que ela demonstrou nos nossos contatos. Mas a menina é excelente! Rachel Ripani interpreta o papel que foi de Natalie Portman no cinema - e demonstra a mistura certa de arrogância, amadurecimento antes do tempo e fragilidade que a stripper Alice exige. E sua cena no strip-club é de babar!

A peça saiu de cartaz hoje no Teatro Augusta, mas volta no mês que vem no Espaço Parlapatões. Assim que reestrear, aviso por aqui.

Vejam!

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teatricalidades

Na porta do Teatro Augusta, prester a ver Closer a convite da linda e
simpática Amazyles de Almeida.

Ela viu meu comentário aqui mesmo, sobre a peça "As Mulheres da Minha
Vida" e deixou um comentário no e-mail.

já a conhecia de espetáculos
em BH e fiquei agradavelmente surpreso dela ter visto meu post e
comentado.

Mais do que isso, fez um excelente PR ao divulgar seu novo trabalho de
uma maneira delicada e pessoal.

Dentro de duas horas coloco aqui minhas impressões sobre a peça em si...

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Domingo, 14 de Outubro de 2007

Missão dada é missão cumprida

Assista nos cinemas.



O que foi? tá com medinho, Senhor 02? tá com nojinho? Vá e assista a versão oficial, na telona, em toda a sua crueza e verdade.

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Rebimboca da parafuseta

Três meses se completaram na última semana. 90 dias em que trabalhei mais do que nunca na minha vida, fazendo o que mais gosto e enfrentando enormes desafios.

O resultado tem sido uma coleção de atividades e iniciativas recompensadoras, resultados excelentes para meus clientes (internos e externos) e alguns percalços no caminho.

Nesta quinta-feira passei pela primeira avaliação formal do meu desempenho. Não cabe aqui discutir ou divulgar o que foi falado, mas basta dizer que o sorriso que me acompanhou na saída da sala do VP era bem maior do que aquele que estava em meu rosto no dia em que entrei na Click.

Mas - ou talvez por isso - no dia seguinte algo fez clack e eu desabei. No dia em que deveria participar de um debate sobre blogs na Paulista, com parte da programação do Corredor Literário, eu simplesmente apaguei.

E como Murphy é nosso padroeiro, meu telefone estava desconectado e meu celular no silencioso. Amigos preocupados, companheiros de debate ligando, até teve gente vindo em casa me procurar.

Felizmente não foi nada demais. Segundo o médico, preciso me estressar menos, comer melhor, descansar mais e me exercitar.

Yeah, right.

Enfim, minhas desculpas aos amigos que ficaram preocupados e se mobilizaram para saber o que tinha acontecido. Na verdade as peças estão gastas e estou ora da garantia. Por isso há que se cuidar mais...

E bola pra frente!

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Sexta-feira, 12 de Outubro de 2007

Memes

Mais um daqueles movimentos espontâneos literários da internet a que não consigo resistir.

Desta vez vem do Filthy MacNasty, meu wunder-blogger preferido, e tem regras simples:

1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2ª) Abra-o na página 161;
3ª) Procurar a 5ª frase completa;
4ª) Postar essa frase em seu blog;
5ª) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6ª) Repassar para outros 5 blogs.

A frase:

"Nous nous sommes arrêtés devant un immeuble typique de la Cinquième Avenue: trotoir immaculé, jardinières impeccablement entretenues, hall somptueux, illuminé, chaleureux."

Mas os blogs vou deixar em aberto... Quem quiser que conte outra.

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Terça-feira, 9 de Outubro de 2007

Senta o dedo nessa p..."

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Segunda-feira, 8 de Outubro de 2007

Random thoughts

I've been thinking a lot about moving abroad, lately. Specially France and Portugal.

To work there, to try and conquer new (but old) ground, to fit in a society with values different and much more centered in true talent.

Or maybe it's just that same old unrest that possess us from time to time, when the novelty starts to wear off and the challenge(r)s of the day-by-day grow more and more restless.

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Quinta-feira, 4 de Outubro de 2007

Das pequenices da vida

O ser humano é, na média, medíocre. Pedindo perdão pelo pleonasmo, urge explicar.

Do Houaiss
Adjetivo de dois gêneros
1 de qualidade média, comum; mediano, meão, modesto, pequeno.

Logo, em um grande número de pessoas, a maioria tende a ser medíocre. Um antigo professor costumava fazer uma conta rápida. Em qualquer grupo numeroso, os medíocres serão a grande maioria, já que 10% são imprescindíveis, 10% dispensáveis no ato, 20% importantes se bem liderados e 20% fracos, mas aproveitáveis se bem liderados.

Isso deixa uma massa funkeira de 40% do total na categoria média. Se juntarmos os 10% dispensáveis e os 20% fracos, chegamos a espantosos 70%, que se ressentem enormemente dos 30% que realmente tocam a bagaça.

A força dos números leva, por vezes, a movimentos e ações mal-pensadas e ainda pior executadas. Ações que até surgem de uma piadinha, uma troça. Mas que terminam, via de regra, em uma conclusão infeliz.

Quando somos alvo de uma pataquada causada pela massa ignara, não adianta espernear, fazer cara feia, gritar. Uma bela ignorada, uma arrumada na postura, o trabalho bem-feito de sempre e uma certa memória servem.

Do resto dá-se um jeito. Normalmente com um Cabernet Sauvignon, um brie honesto, jazz dos mestres e a sensação reconfortante do trabalho bem-executado e reconhecido por quem realmente interessa.

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