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Quarta-feira, 30 de Agosto de 2006

Músga até nos ossos


Nos anos 50, nos países da Europa Oriental e na URSS, a música ocidental era considerada um veneno promovido pela burguesia decadente, principalmente jazz e rock.

Obviamente os jovens e amantes da música espalhados pelos culturalmente ricos países atrás da Cortina de Ferro arrumaram um jeitinho de contrabandear as gravações de Elvis, Coltrane, Monk, Beatles e que tais para seus animados clubes underground.

E a solução para prensar os discos foi extremamente criativa: Devido à falta de matéria prima, vinda desde a II Guerra Mundial, os inventivos húngaros (principalmente) usavam velhos filmes de raio-x descartados pelos hospitais, prensando as gravações com rústicas máquinas que permitiam a confecção de mensagens personalizadas.

Mais do que permitir a entrada de clássicos da música contemporânea por trás da Cortina de Ferro, as gravações se tornaram verdadeiras obras de arte, e foram tão difundidas que a própria Rádio Nacional Húngara prensou alguns exemplares.

Nesta matéria (em inglês) você conhece toda a história dos belíssimos discos piratas dos camaradas amantes da músga.

Encontrado no belo blog da Ariel, o Shake Well Before Use. Ela é uma americana que fala de publicidade e novidades desde Kansas City, com um viés meio crítico, no estilo do AdRants. Boa leitura...

Ah, os astros...

Parece que a falta de Plutão (regente do meu signo) começa a fazer efeito...

ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.)
Cobranças internas se justapõem às pressões externas, criando um cenário áspero, pesado, que entope sua criatividade. Não se cobre o costumeiro em vista disso. Toque o mínimo, segurando a pressa. Em poucos dias, o clima desanuvia, e você andará mais, em menos tempo e com menos esforço.
Fonte: Barbara Abramo, Folha de S. Paulo, 30/08/2006

E não bastasse meu time ter sido rebaixado, agora meu regente também? (tá, a piada perdeu um pouc do punch, mas é boa, vai...)

Enquanto isso, na Sala de Justiça, a caixa postal só apita avisando que chegou mais um e-mail de propaganda, ou outra leitura de trabalho, das dezenas que assino.

E o tal e-mail chamando para uma conversa ainda não veio...

Terça-feira, 29 de Agosto de 2006

Treinando em separado

Já que ninguém lê isso aqui mesmo, vou me permitir uma nota pessoal.

Estou perdendo o entusiasmo. Tenho me dedicado, há bastante tempo, a buscar uma nova posição, em que possa aplicar a minha experiência como redator, conjunta com os anos de vivência em jornalismo e tudo o que aprendi sobre planejamento, novas mídias...

Mas está difícil. E, como um jogador profissional que não entra em campo e fica dando voltas ao redor do campo, sem sequer bater bola, sinto os meus (parcos) talentos se esvaindo. É o tal "treinar em separado", eufemismo que os clubes utilizam quando encostam um atleta.

Não que eu seja um Ronaldinho Gaúcho, um Zidane, mas também não fico ajeitando meião na hora do cruzamento nem termino o jogo com a camisa imaculada... suo a camisa, dou a alma pelo time em que jogo. Mas parece que não estou sendo aproveitado, nem as conversas para transferência estão dando em algo positivo...

Chato isso. E procurar time é bem complicado, também. Tenho feito isso, mas fico parecendo um cocker desesperado por atenção.

(Vá misturar metáforas assim lá no Mineirão!)

A síndrome do "Me too"...

A idéia de Marketing de Guerrilha se espalhou pelo mercado feito fogo na pradaria seca. Todo mundo passou a prestar atenção no que se faz fora dos meios tradicionais, e a confusão de viral, guerrilha e simples ações de PDV e promocionais se instalou.

A última "novidade" neste campo é a abertura, pela Salem, de uma unidade chamada Salem Guerrilha. e, na opinião deste escriba, já começaram errado. Em anúncio de página inteira no Meio & Mensagem, a Salem comunica a chegada da nova unidade com imagens de soldadinhos de brinquedo, para-quedas, tanques e aviões.

Tudo bem que é uma representação lúdica, mas me parece que nnao pegaram muito o espírito da coisa. Afinal, guerrilha é usar, exatamente, as ferramentas que não se enquadram no arsenal tradicional. Avião, tanque e soldados regulares, no marketing e na propaganda, são os equivalentes a Outdoor, midia impressa, rádio e TV.

Para representar guerrilha, acredito que o mais correto seriam imagens de vietcongues, soldados escondidos em matas, armas de pequeno calibre e armadilhas. Não quero ser mais realista do que o rei, mas quando o pessoal confunde o conecito básico da coisa, é porque tem algo errado, não?

Me too é um dos maiores problemas deste mercado. Pegam a tag do momento. aplicam no seu produto e voíla! Sei não...

Quarta-feira, 23 de Agosto de 2006

E tome internet!

O prêmio Emmy não destaca só programas de televisão nos EUA. Além de séries, novelas e jornais, premia também as melhores campanhas.

E é emblemático (como se ainda precisasse) que uma das campanhas vencedoras deste ano tenha se destacado mais no - ainda - chamado viral. A FedEx levou a estatueta com a campanha "Sticks", em que dois homens das cavernas discutem por causa de um entrega via pterodáctilo que, obviamente,não chegou na hora.

A utilização da internet, no caso da FedEx, foi muito bem sacada na época da Copa. Uma animação mostrava os homens das cavernas discutindo os primeiros jogos da seleção, com a pegadinha da encomenda vindo ao final. Mas o BACANA mesmo era que, para cada país europeu classificado na Copa, os neandertais falavam na língua pátria e discutiam os detalhes daquela seleção.

Assim, a estréia dos ingleses tinha a análise sobre o desempenho do "número Sete", enquanto os hommes des cavernes discutiam a estréia dos Bleus de Zidane e os anfitriões alemães sofriam com o desempenho. Ah sim, o filme que está hoje na telinha mostra um italiano celebrando...

Mesma animação básica, mas o detalhe das legendas personalizando os comentários fez toda a diferença. Bem sacado, bem planejado, e dando um boost na campanha, que poderia ter morrido com o excelente filme de lançamento, que rolou no intervalo do Super Bowl, em janeiro.

Onda, onda, olha a onda...

Mais do mesmo. O uso da internet já deixou de ser plus faz tempo. A questão agora é quem ushttp://www.blogger.com/img/gl.link.gifa melhor a ferramenta.

Ontem rolou, no auditório da ESPM, o evento Postais de Miami, onde o pessoal do Grupo de Planejamento passou as experiências e conteúdo do que rolou na Conferência de Planejamento da AAAA (Associação Americana de Agências de Propaganda).

Dentre os cases premiados com o ouro, dois chamam a atenção por ter a internet como mídia principal: O lançamento do A3 nos EUA (www.stolena3.com e www.audiusa.com) e a hilária - e efetiva - campanha do Esfoliante Masculino(!!) Axe (www.orderoftheserpentine.com), que transformou um produto aparentemente condenado às prateleiras dos metro-sexuais (blergh) em um puta case masculino.

Isto, claro, fora os insights e reposicionamentos mentais que, se já são bons para planejadores, imagine para um escriba que tem como dogma se integrar na poliglota criação do Séc. XXI.

Para quem quiser ver o que rolou em Miami, com links e cases, vai correndo no www.grupodeplanejamento/postaisdemiami

E, nos dizeres do Ulisses Zamboni, da Santa Clara: CHANGE OR DIE! (e olha que venho dizendo isso aqui no bloguinho faz é tempo!)

Terça-feira, 22 de Agosto de 2006

Piscou, ouviu... gravou!

A Clear Channel desenvolveu o que eles chamam de um novo formato de veiculação em rádio. Os "blinks" (piscada) são micro-spots de 1 a 3(!) segundos, colados ao final de um spot de 60" ou nos intervalos da programação - que, nos EUA, pode ser tanto música quanto uma dquelas "talk-radios".

A Fox comprou uma inserção por hora, durante 13 horas, em mais de 1.100 rádios que fazem parte da cadeia americana. Isto significa um impacto de 15.000 impressões em um mesmo dia, no dia do lançamento das novas temporadas das séries da Fox. A cada hora, um arranjo da introdução do tema da série é seguido por duas ou três palavras, chamando para a estréia do dia.

No caso dos Simpsons, o início do tema é seguido pelo famoso "D'Oh!" do Homer.

É o que chamamos de rabicho, aqui no Brasil, e nunca foi muito expplorada, salvo a Jovem Pan 2 e a Transamérica, em uma certa época, e ainda assim para divulgar seus próprios programas.

É um formato interessante, mas que pode levar - muito rapidamente - a uma saturação excessiva e, consequentemente, a uma impressão negativa. Segundo executivos da ClearChannel, o custo por segundo do "blink" chega a ser mais alto do que um spot tradicional, mas o ROI compensaria.

Será que pega aqui?

Segunda-feira, 21 de Agosto de 2006

A próxima onda

Enquanto as agências brasileiras dão continuidade à febre de fusões com especialistas em marketing/ativação/branding (ou qualquer que seja o nome da moda neste minuto), nos EUA e Europa a procura passa a ser por uma cabeça-de-ponte no terreno digital.

Esta matéria na AdWeek mostra a tendência dos grandes grupos em buscar expertise nas chamadas "plataformas de comunicação". Na falta de uma definição melhor, é o nicho em que se encaixam produtores de conteúdo para a Internet, desenvolvedores de video games, as comunidades digitais (MySpace, Orkut, etc), até o mais novo fenômeno, YouTube.

Escaldados pelo assustadoramente rápido desenvolvimento de novas ferramentas de interação, os grandes grupos agora tentam moldar a nova onde de acordo com suas necessidades, ao mesmo tempo tentando entender o que será este novo terreno que surge de mais um movimento sísmico no mercado da comunicação.

É meio como tentar demarar um campo de futebol no Monte Krakatoa, nos 10 minutos anteriores à grande explosão do vulcão. Onde vai parar cara pedaço, o que surgirá quando a fumaça assentar?

E nós, aqui no Brasil, podemos pensar na evolução do novo modelo já em conjunto com este assentamento das placas tectionicas de publicidade e promoção, que acontece agora.

Basta não ficar demasiado focado no próprio umbigo, olhar o horizonte enquanto se equilibra na crista da onda.

Quarta-feira, 16 de Agosto de 2006

keep walking

Parece que é incessante a busca por mais insumos, pela novidade do momento, por estar sempre na crista (se não um pouco à frente) da onda.

Del.icio.us, preferidos, bookmarks, informação, informação, informação. Trends, tendências, tem que saber, você viu?

Quanto tempo passamos buscando o novo, e quanto tempo tentando adaptar o que aprendemos e/ou captamos para o nosso ambiente de trabalho?

Adoro saber o que rola, adoro pensar e desenvolver raciocínios que convergem com o que o mercado está fazendo. E me canso de não poder aplicar no que faço. E de ter que reduzir o ritmo e fazer o feijão com arroz, que é o qe sustenta a estrutura.

Sou normal, paranóico ou não paranóico o suficiente?

Sexta-feira, 11 de Agosto de 2006

Interaçao maxima

Uma prova de que as possibilidades na Internet são limitadas puramente pela criatividade… e por ter um programador “kick-ass”…

Clique no link, abra seu micrifone sopre as velhinhas para comemorar os 10 anos da home-page oficial da cidade de Barcelona
na web.

http://www.bannerblog.com.au/2006/08/10_years_of_wwwbcnes.php



Ideia sensacional, que merecia um destaque nos premios de publicidade pela bela sacada de aproveitamento da interatividade.

Quarta-feira, 9 de Agosto de 2006

Love Monkey

Este espaço já teve várias encarnações, que refletem as mudanças (gostaria de chamá-las de evoluções, mas nem sempre foram...)por que passei nestes quatro anos.

Depois do último break, voltei a escrever mais focado no lado profissional. Menos diarinho, mais insights, tendências, referências, refletindo o excelente momento criativo que vivo.

E uma dessas influências é, sem dúvida, a TV. Curto ver séries, principalmente as da Warner, Universal e Sony. Nesta última, estreou neta quinta-feira Love Monkey.

Love MonkeyA história de um produtor musical de 30 e poucos anos, despedido de uma grande gravadora em Nova York e que começa a carreira em um pequeno selo, ao mesmo tempo em que termina o relacionamento e redescobre a vida de solteiro.

Parece bobinha, mas tem uma direção segura, boas interpretações, a volta de Jason Piestley (O Brandon de "Barrados no Baile", acreditem se quiserem) e uma GRANDE triha sonora.

Fora que, nesta faixa etária, vai falar bastante a um público que passa pelas mesmas agruras, a redescoberta do tesão pelo trabalho e pela vida, as limitações de não ser mais um jovenzinho, as alegrias de não ser mais um jovenzinho. A série teve os três primeiros episódios produzidos pela CBS, e depois foi assumida pela VH1.

E pra não ficar só na tietagem televisiva, os produtores montaram um site para a fictítica gravadora
True Vynil, inclusive com bios de seus principais executivos (os personagens Tom, Jeff e a bela Julia), todos com suas próprias páginas no MySpace. Uma ação que já é quase obrigatória no mercado americano, mas que aqui ainda é vista como novidade... (sigh...)

Confiram a série no Sony e o site(em inglês). Eu recomeindo!

Marcadores:

Pegue o I... e deixe todos de queixo caído

Normalmente já sou fã de iniciativas bem boladas, que utilizem a Internet e toda a sua gama de possibilidades de interação.

Quando a campanha surpreende, tem o chamado "fator PQP"- que faz a gente dizer baixinho, pra si mesmo, "PQP, esses caras são foda" - melhor ainda.

Se a iniciativa é de uma amiga querida, então, não dá pra evitar a babação. Muitos parabéns para a Ana Paula Cavagnoli e para toda a equipe da Rapp digital pela ação na home do Yahoo nesta quarta-feira. O case desta campanha de lançamento do Credicard Itaú tem que ser citado por muito tempo como uma das melhores utlizações do meio internet no súltimos tempos.

Vou tentar pegar um print-screen para colocar aqui. Mas, ao clicar no banner, a página inteira é 'amassada" e cai dentro da cartola do personagen principal do filme... a partir daí, o jingle toma conta de todos os espaços da home do yahoo. A letra é disposta na barra de procura, nos links, na janela das manchetes.

Muito legal e muito pertinente. Parabéns!

Dia de quem, mesmo?

A coluna de hoje de Marcelo Coelho, na Folha de S. Paulo, vai direto ao ponto quando fala das campanhas do varejo para o Dia dos Pais. Incrível como nós, publicitários, ainda olhamos para o próprio umbigo ou, no máximo, à nossa volta, na hora de escrever/criar/produzir a comunicação que, via de regra, se dirige a um público completamente diferente.

Trecho: " PUBLICITÁRIOS ENCONTRAM solução para qualquer coisa, mas imagino que esta época do ano seja um bocado difícil para eles. Quando se trata de fazer anúncios para o Dia das Mães, tudo ajuda: há o velho complexo de Édipo, a tolerância geral para um tanto de sentimentalidade, a grande oferta de produtos adequados para a ocasião.
No Dia dos Pais, as agências se vêem diante de um problema mais complexo. (...)
o exemplo mais chocante é um anúncio do Shopping Iguatemi, que o governador Claudio Lembo fará bem em incluir no seu próximo requisitório contra as elites burguesas.(...)Um menino de cara redonda, casaquinho preto e golas brancas, o cabelo grudado de brilhantina, encara o leitor com o olhar penetrante e a confiança sorridente de um "chairman" da indústria bélica americana dos anos 60. Ao seu lado, usando gravata vermelha e uma camisa azul de risquinhos que seria da Daslu se a Daslu fosse no shopping, um modelo fotográfico de cabelo desalinhado e olhos azuis, aparentando 30 anos, no máximo, posa de papai."

Vale a visita...
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0908200622.htm

Infelizmente é só para refé... ops, assinantes UOL/Folha.

Sábado, 5 de Agosto de 2006

Paraty - Análise de um redator

O ENLARPP (Encontro Latino-Americano de Redatores Publicitários de Paraty) prometeu mais do que cumpriu. Na minha opinião, para os quase mil participantes deve ter ficado um gostinho de quero mais, um certo travo na boca. E sei que para mim ficou.

E sei que para mim ficou. Afinal, tirando Nizan Guanaes e sua apaixonada defesa pela reinvenção perene do redator, e de Fernando Fernandez , diretor criativo da Fischer Argentina, que trouxe uma comparação bem legal sobre as capacidades e competências de redatores junior e senior e do diretor de criação, o resto foi mais do mesmo.No ótimo blog coletivo Retóricos em Paraty, André Amaral colocou alguns vídeos com trechos de palestras (Nizan) e da balada.

Muito legal ouvir as histórias do velho Lula Vieira, os causos e as grandes frases de Ercilio Trajan e Gilberto Reis, o próprio rolo de Nizan, mas a verdade é que o papel do redator na comunicação atual precisa ser rediscutido urgentemente. Assusta, nas conversas com a moçada de vários estados, como a visão ainda é regionalizada, restrita ao copy puro e simples, e como a tecnologia e a mudança da linguagem
ainda são pouco percebidas.

Nizan Guanaes, ame-o ou odeie-o, foi direto na ferida. Não dá pra tentar traduzir a comunicação que era feita nos tempos românticos dos reclames para o dia de hoje. A Internet NÃO é o futuro, é o presente! E quem não se adaptar, quem não entar de cabeça neste mercado integrado, vai ficar do cais vendo o barco zarpar.

E é interessante ver como o próprio Nizan mostrou um rolo datado, com os indefectíveis filmes da Lee (a manifestação), Hitler (para a Folha), Mamíferos (Parmalat) e as recentes campanhas para Itaú e Assolan, entre outras pérolas próprias ou criadas sob sua coordenação.

Analisando os quase 40 minutos do rolo, quem conseguir separar o assombro com textos fabulosos e sacadas geniais vai perceber que os conceitos vão evoluindo, chegando aos dias de hoje muito mais integrados, com elementos de promoção, com preocupações de integração de PDV e de Endomarketing no Planejamento e desenvolvimento da idéia.

Ver o Carlos Pedrosa brigando com sua apresentação, toda feita em vídeo com tempo demarcado para cada slide, foi a síntese desta desinformação, desta dicotomia entre o que se prega e o que se executa. Sua palestra começava com a célebre frase de Mauro Salles criada para a Willys nos idos dos anos 60(!!!) (Faça como a Ford:
Compre Willys). Um conceito genal, uma sacada que, inclusive, foi citada ou inspirou a recente veiculação da Perdigão, respondendo à tentativa de compra da Sadia. Mas foi no início da década de 60, ora bolas...

Após muita briga com o programa de DVD (Porque cargas d'água ele não fez a parada em PPT?), ele conseguiu a ajuda de um técnico para falar, exatamente, em redator nos tempos de internet. E pula dos anos 60 direto para o dia de hoje, com uma analogia entre a sigla www e a música de Louis Armstrong, What a Wonderful World. Ele tira o L de world, e a frase fica uma bela sacadinha, What a Wonderful
WORD. E foi só. Mais do mesmo, a velha tradução da linguagem analógica para os tempos de hoje, com a triste prova de que o faça o que eu falo, não o que eu faço, ainda é muito presente.

A entrega do redivivo prêmio Jeca Tatu a Mauro Salles e Antônio Torres trouxe mais uma sessão de lembranças nostálgicas, de citações dos tempos românticos quando qualquer um sentava numa máquina de escrever e saía criando textos e chamadas... old, old, old. Não quero aqui desmerecer os que vieram antes de nós, mas para um monte de estudantes, o que deveria se debater não seria o que fazer daqui pra
frente?

O argentino Fernando Fernandez trouxe uma reflexão interessante sobre a diferença da carga de experiência entre um redator júnior, um redator sênior e o perfil mais completo de um diretor de criação. Muito útil para aqueles momentos em que nos perguntamos porque a peça tal foi gongada, como interagir com seu dupla e o caminho necessário para se ascender na profissão.

A viagem foi proveitosa, os contatos importantes, e a conclusão assustadora: Ainda não temos redatores publicitários que falem a língua atual. O que temos são os dinossauros de sempre, tentando hablar portuñol com os novos tempos, e os estudantes que não procurarem fontes próprias, acabarão com um sotaque fortíssimo na
briga por uma vaga no mercado.

Encerro com uma frase pinçada da apresentaçã do Nizan: "Reinventem-se. Sejam não apenas redatores publicitários, mas CRIADORES publicitários".

Nos vemos no ano que vem.

Qua agora tem balada... Ninguém é de ferro, né?

Jeff Paiva
Redator
HUB Brasil

Terça-feira, 1 de Agosto de 2006

Rumo a Paraty

De 04 a 06 de agosto estarei em Paraty para o Encontro Latino-Americano de Redatores Publicitarios.

Redatores do Brasil inteiro estao confirmados (vem gente ate de Belem!!) e parece que vai rolar uma troca de experiencias bem interessante. O Andre Amaral criou um blog para acompanhar os trabalhos, chamado Retoricos em Paraty.

Este escriba vai mandar seus pitacos direto de Paraty, com o que rolar de interessante no Enlarp. Prometo que posto aqui tambem (e tambem vou tentar recuperar os acentos desta bagaca)

Por enquanto, fiquem com meu primeiro post para o Retoricos.

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Faltando três dias para o início do ENLARP, o que pega mais é a
expectativa do que vai dar pra ver. A lista de palestrantes está muito
boa, mas a programação ainda em aberto deixa certas dúvidas no ar.
Quem senta em que painel de debates?

Vamos falar sobre esta integração que parece ser o fenômeno da vez?
Realmente o advertising puro está se rendendo e se integrando ao
marketing e promocional? "Above the line" e "bellow the line" vão se
fundir no "through the line"?

Qual é o papel do redator hoje? Não dá pra ficar simplesmente
esperando o briefing, sentar ali com o seu dupla e ter a sacada
genial. Um perfil mais planejador e "fuçador" é indispensável.
Entender o cliente além do que vem do Planejamento e do Atendimento,
saber quando – ou não – invocar o santo graal do "viral", para não
cair vítima de infecção ele (ou ela) mesmo.

Os debates da programação prometem muito, e as conversas com chopp
após as sessões mais ainda.

Nos vemos em Paraty!


Jeff Paiva
Redator
HUB Brasil