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Sábado, 31 de Março de 2007

Objeto de Desejo VII

Falando em jazz, quem já veio à PaivaCaverna sabe que os temas principais da decoração são os ícones deste ritmo que embala a minha vida.

Daí, fuçando nas imagens de Mr. Miles na internê, achei esta belezura:

Miles Davis at Birdland by Dennis Stock
Miles Davis at Birdland


Eu quero! Eu preciso! Eu sou um cara (quase) bonzinho e minha sala nova vai ficar linda com este poster... e são só 25 doletas.

Pretty, pretty please?

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Um certo tipo de azul

Mesmo em meio os maremotos e aflições do cotidiano, há que render à arte dos mestres.
E conhecer em detalhes como uma das grandes obras-primas surgiu é imprescindível.

Por isto este escriba raspou o cofrinho e adquiriu o sensacional Kind of Blue - A História da Obra-Prima de Miles Davis, do jornalista Ashley Kahn, que está sendo finalmente lançado no Brasil.

Os detalhes das duas sessões de gravação que reuniram Miles Davis, John Coltrane, Cannonball Aderley, Bill Evans, Paul Chambers e Jimmy Cobb em uma igreja convertida em estúdio no meio de Manhattan, com suas lendas, sua mágica e o talento inesgotável do velho Miles.

Tudo isso, claro, ao som do álbum que revolucionou o jazz mais uma vez. E que teve ainda, no mesmo ano, a concorrência dos excepcionais "Mingus Ah Um", de Charles Mingus e "Time Out", de Dave Brubeck e que contém a inesquecível "Take Five".

Life is good, after all...

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Assine o pedido de CPI do Apagão Aéreo

Os excelentíssimos congressistas dizem que não há "fato determinado" para justificar a abertura de uma CPI para apurar esta vergonha que se arrasta desde o acidente do GOL 1907.

E agora? Vamos fazer alguma coisa?




ABAIXO ASSINADO

Nós, brasileiras e brasileiros, indignados com o descaso, o desrespeito e a impunidade instaurados no país frente à crise do sistema de tráfego aéreo brasileiro, desde o acidente da GOL que vitimou 154 (cento e cinqüenta e quatro) pessoas em 29 de setembro último, manifestamos nosso apoio e exigimos a instalação imediata da CPI do Apagão Aéreo.


Nome:



Email:



Documento de Identidade:



Cidade (opcional):



Todas as informações fornecidas serão disponibilizados na página de assinaturas da petição, com exceção do seu e-mail, que você pode escolher:

Privado (e-mail não aparecerá)

Disponível somente aos responsáveis da petição

Público (todos poderão ver seu e-mail)




Se preferir, clique aqui.

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Caos

Chegou no limite?

Deu?

O que está acontecendo nos aeroportos brasileiros é muito pior do que simplesmente desorganização, desrespeito, descaso.

É a falência completa do (des)governo do metalúrgico nove-dedos. É a comprovação de que a esperança pode ter vencido o medo, que o sonho se realizou, que o proletariado chegou lá... e fodeu tudo!

Fora Lula, fora PT, fora esta corja de incompetentes sanguessugas aloprados de merda.

Eu quero meu país de volta.

Quero saber que minha mãe vai chegar da França na hora marcada, que vai embarcar para BH na hora para a qual pagamos caro pelo bilhete. Que serei respeitado como cidadão que trabalha e paga pela sua passagem aérea, pelo seu direito de ir e vir.

Impeachment nesta corja! Já!

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Quinta-feira, 29 de Março de 2007

Nova casa!

Caríssimos...

A partir de hoje, o blog deste escriba passa a atender no novo endereço e com novo nome:


Wordsmith


Por favor, reajustem seus feeds e bookmarks.

Aqui no Jambock, serão postados apenas os chororôs e comentários pessoais, e mesmo assim bem de vez em quando.

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Sábado, 24 de Março de 2007

Aliviando a pressão

Com licença...

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!



Voltamos agora à nossa programação normal.

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Sexta-feira, 23 de Março de 2007

Eu vou...

BarCamp Sampa: estarei lá!

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Conteúdo, por favor!

Esta nota do Blue Bus de hoje reforça o que já venho batendo há muito tempo aqui no blog e em quase todo púlpito que consigo: Chegar é uma coisa, fazer algo que acrescente é outra.

É fácil distribuir camisetas em baladinha e telefones bonitinhos para os avatares brazucas famintos de jabás. Mas que tal oferecer alguma coisa que realmente conte? que acrescente algo 1à experiência, que melhore o ambiente do metaverso, que se transforme em ação no mundo real ou até mesmo em um produto palpável?

Bleh!

Avatares estao decepcionados com a atuaçao das empresas na 2nd Life 12:01
Uma pesquisa realizada dentro da 2nd Life, entrevistando avatares, indica que 72% estao decepcionados com a atuaçao de empresas na comunidade. 42% acham que a presença das marcas nao passa de uma tendência do momento e nao há compromisso a longo prazo. Somente 7% disseram que o fato de marcas estarem na 2nd Life influencia positivamente a imagem dessas marcas. O levantamento foi feito pela Komjuniti e o relatorio sugere que iniciativas isoladas dentro da comunidade vao resultar em falta de interesse por parte dos usuarios e podem ainda provocar danos à imagem da marca no mundo real. Dica do Adverlab. 23/03 Blue Bus
Propositadamente sem acentos, conforme a política de publicação do Blue Bus

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Know thyself!

Da série: "Meu terapeuta não precisa me analisar... basta ler o blog!"

Dona Beth manda, a gente obedece.

Fiz o tal teste de DNA Visual... rapaz, que medo! Sou tão fácil assim de identificar?


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Scoop


"I was born of the Hebrew persuasion, but I converted to narcissism."

Esta é só uma das geniais frases que Woddy Allen escreveu e interpretou em seu mais recente filme, Scoop.

Mais uma vez filmado em Londres, e novamente com a participação da talentosa (e linda) Scarlett Johansson, mais Hugh Jackman, Scoop tem um clima leve e rápidos diálogos. Lembra um pouco Um Misterioso Assassinato em Manhattan, com sua trama simples e fácil de acompanhar, mas tornada confusa pelo neurótico judeu baixinho que é o alter-ego de Woody Allen em muitos - e, na opinião deste escriba, os melhores - de seus filmes.

Vale à pena também conferir a boa interpretação de Scarlett (para quem o papel foi especialmente escrito) em seu segundo Woddy Allen. Depois da sedutora traidora de Match Point, a quase-jornalista de Scoop vem com uma belíssima dose de inocência, incorência e indecisão - o que faz da personagem altamente crível.

Vale à pena a pipoca!

"I love you, really. With all due respect, you're a beautiful person. You're a credit to your race."

Quinta-feira, 22 de Março de 2007

Outono chegou

Na manhã cinza,
o Lobo caminha altivo.
Esperança no ar.

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Segunda-feira, 19 de Março de 2007

Que zona!

Existe inferno astral sete meses antes do aniversário?

Urucubaca?

Ou é retribuição do destino mesmo, e é melhor aguentar calado?

Paradas desabando, jobs incompletos, note dando pau e fazendo perder tdo o que estava escrevendo, prejuízo moral muito maior que o financeiro...

Alguém conhece uma benzedeira das boas aí?

Mal aê, galera...

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Domingo, 18 de Março de 2007

Janelas no Céu

O cara é meio mala? É!

Fala de coisas que existem, mas incomodam? Fala!

Talvez até meio messiânico? Aham!

Mas a banda ainda é do cacete...

O som é do grande caraleo...

E este clipe é putamerdalmente bom!

U2 - Windows In The Skies



Divirtam-se tentando identificar todos os famosos que aparecem no clipe, variando de Zappa a White Stripes a Ella a Nat King Cole a Queen a Sinatra.

Foda!

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Haiku

Sempre gostei muito da cultura oriental, principalmente a japonesa. E um dos elementos que mais me intrigaram é o Haiku (ou Hai Kai).

Forma de poesia milenar, não necessariamente contém rima, mas segue algumas regras básicas:
É formado de três versos, no total de 17 sílabas:
* O primeiro verso tem 5 sílabas
* O segundo verso tem 7 sílabas
* O terceiro verso tem 5 sílabas
Além disso, e daí vem sua essência, deve sempre conter alguma referência à natureza, e apresenta a ação no presente, e não no passado.

Em muitos livros sobre o Japão feudal, os desafios de Haiku eram ponto fundamental para demonstrar a cultura e acuidade de raciocínio dos contendores. Mais do que a força das Katanas, a grafia suave e as metáforas afiadas impunham vitórias esmagadoras ou traziam derrotas acachapantes.

Ultimamente tenho me aventurado no terreno delicado e perigoso dos Haikus. E metáfora-maníaco que sou, tenho me esbaldado com as possibilidades, as combinações e o necessário esforço para respeitar a métrica e o estilo. Ginástica mental de primeira para os wordsmiths. Alguns exemplos do que tem saído ultimamente.


Lago tranqüilo;
Por sob água plácida,
borbulha paixão.

-----

Em suas costas,
Cerejeiras em flor;
ronrona o lobo.

-----

O lobo, à beira
do lago pensa: Sim, vou
mergulhar - e cai.

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Sábado, 17 de Março de 2007

Volcanic Lake



Um lago vulcânico.

As águas calmas e aparentemente seguras escondem segredos, ebulições e perigos inimagináveis.

Calor, perigo, aventura.

Há que ser destemido - ou temerário - para enfrentar seus desafios.

What would a slightly wiser and surely older Wolf do?

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Quinta-feira, 15 de Março de 2007

Alive and Kicking

Bumps à parte, a vida que segue pede atenção.

É muito bom almoçar com pessoas do bem, com direito a risadas, venenos jogados pra quem pega a mesa na nossa frente, intervenção nos impulsos consumistas de algumas e participação mental de quem não pôde estar lá...

E sentir a energia boa de quem pensa na gente mesmo longe, que liga e passa dicas, que entra de supetão no cenário e não se intmida com o roteiro de tragédia grega que este clown tenta forçar em cima da audiência.

Send in the clowns!

E bora semear mais um pouquinho. Se estas vingarem, a colheita promete ser boa, viu!

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Quarta-feira, 14 de Março de 2007

BUMP II, a missão.

E agora mesmo outro chacoalhão balança a estrutura. Por incrível que pareça, este também não estava muito longe no horizonte, mas não esperava tão cedo.

O que pode ser bom, pois permite o proverbial "clean slate" para que se recomece a bagaça.

E pensar que foi provocado pela minha honestidade ao dizer o que achava certo fazer e o que ainda era muito cedo.

Fear of commitment? or just plain good sense and absence of hurry?

Be there as it may, o Lobo Véio volta às estepes.

Hungrier...

Older...

Wiser?

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Os Tiozões


Esbarrei em um site interessante hoje. Parece ser uma tentativa de viral, bem bolada e com conteúdo muito bem construído.

The Uncles seria uma banda de (quase) sucesso nos anos 70 e 80, que estaria se reunindo novamente para lançar um single que nunca havia sido gravado em estúdio,mas seria sucesso nos shows.

João, Paulo, Jorge e Bingo (eu sei, os nomes são meio chapados) se parecem com a versão atual dos Mutantes: Senhores de 50 e poucos se divertindo e ganhando um troco com sua música... mas preste atenção na letra da música de trabalho, "Será que é pra mim".

Música essa que foi executada na Eldorado FM hoje, assim como aquela coisa bizarra da Sagatiba e Seu Jorge, Eterna Busca. Mas esse parece estar sendo melhor conduzido e sem tantas referencias diretas ao produto.

Como um bom projeto online incognito, os indispensáveis perfis no Orkut, MySpace estão presentes, assim como um suposto fan-blog, o The Nephews. E até um perfi na Wikipédia, já devidamente apontado como fake, mas MUITO bem escrito.

Alguém fez direitinho o dever de casa.Vamos ver como vai ser a reação do público.

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Terça-feira, 13 de Março de 2007

Bump!

Outro chacoalhão... será mais uma pedra na estrada? outro buraco? mais um pneu furado?

Apesar da chatice que é descer, ver o que é, agir para trocar o pneu, desta vez me incomodou menos.

Não sei se já esperava, se sabia que este caminho não deveria ter sido trilhado, se a escolha foi mais por falta de opção que por uma consciente busca de desafio.

Certo é que volto à estrada, com a energia mais um pouco depletada e a mesma cara e coragem.

Uma cicatriz a mais e vamos nessa.

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Segunda-feira, 12 de Março de 2007

Salve o Briefing!

Esta é mais uma daquelas pérolas que vai rodar todas as caixas-postais de agências pequenas, médias e grandes.

Exatamente por ser tão boa, merece o registro aqui, com o devido crédito ao autor:

Quem atende não mata
André Gomes

No Zoológico da velha cidade de Quebrados do Sul repousa um animal em extinção. Ao lado do mico-leão, do urso panda e do lobo guará, lá está ele: o briefing. Depois de anos de maus tratos e da perseguição de Atendimentos caçadores, a espécie sucumbiu. E agora vive a agonia de ver morrerem os seus últimos exemplares.

Em tempos melhores, o briefing era um verdadeiro espetáculo da natureza. Reunia todas as informações possíveis sobre um determinado cliente, seu produto ou serviço, seu público-alvo, o mercado, a concorrência, seus objetivos e tantas outras pistas necessárias para qualquer trabalho decente de comunicação.

Para substituir o moribundo briefing legítimo, contundente e revelador, seus carrascos inventaram tipos genéricos, meras imitações de conteúdo duvidoso. Os exploradores de palmito fizeram a mesma coisa. Com a quase extinção da palmeira Juçara, fonte do palmito original, os produtores arrumaram um genérico para substituí-la: a pupunha. E aqui estamos nós, comendo salada de pupunha e achando que é palmito.

Exatamente o que acontece com os briefings lá no mercado publicitário de Quebrados do Sul. É tudo pupunha. Entre os falsos briefings que circulam nas agências da cidade, os mais famosos se multiplicam como praga e música ruim. Conheça algumas dessas espécies.

Briefing Fim-de-Feira, ou Restô Dontê: é um apanhado de dados dispersos, informações desconexas, retalhos e sobras. E a criação que se vire.

Briefing Jato da Mulher Maravilha
: invisível, não existe. É apenas um pedido de boca, sem qualquer orientação ou detalhe importante. Geralmente é proferido pelo dono da agência.

Briefing Mobral
: vem com mais erros de português que carta de político do interior.

Briefing Viagem no Tempo: aquele que é sempre para ontem.

Briefing Ary Toledo: você lê e cai na risada.

Briefing Crise Existencial: sempre cheio de dúvidas.

Briefing Bala Perdida: coitado de quem encontrar.

Briefing Holerite: é ler e morrer de raiva.

Especialistas em meio ambiente corporativo acreditam que esse quadro alarmante se deve a três grandes fatores: a contratação desmedida de office-boys seniores para a função de Atendimento de agência, a irritação desses profissionais mediante o salário miserável que recebem e a invasão do mercado publicitário pela espécie dos “zé-manés”, principalmente em cargos de direção.

E o que é mais grave: o mal iniciado na pequena Quebrados do Sul está se espalhando e já chegou aos grandes centros. Se nada for feito, em pouco tempo as proporções serão catastróficas. A única maneira de evitar o pior é a preservação. Preserve o planeta. Salve o briefing da extinção. Mande os Atendimentos Desmatadores de volta para a escola ou direto para a cadeia.

André Gomes é jornalista e publicitário

Domingo, 11 de Março de 2007

Sitting, Waiting, Wishing

Já usei este título (e vários outros parecidos) muitas vezes. Me enche o saco ficar repetindo e choramingando, mas um blog é meio uma válvula de escape que, aliada à terapia, ajuda a não sobrecarregar demais este cerébro que parece ter vindo com defeito de fábrica.

Todo mundo tem anseios, necessidade de realização pessoal, vontade de melhorar. Alguns lidam com estas vontades e anseios de maneira controlada, passo a passo, enquanto outros acabam se embolando todos e enfiando os pés pelas mãos. Este escriba se enquadra no segundo grupo, com o agravante de esperar que todomundo reaja e se comporte com a mesma velocidade de decisão que o marca.

E, claro, isto não acontece.

E a soma de pequenas decepções, de tempo perdido e de má administração própria vai criando um fardo que fica cada vez mais difícil de carregar. Me falta aqui o lirismo de algumas pessoas amigas, que conseguem transmitir exatamente o que estou pensando em frases e parágrafos magistralmente compostos.

E isto também me preocupa muito, pois a língua é minha ferramenta de trabalho (sem trocadilhos, please) e se um ferreiro-das-palavras perde a sensibilidade, o que lhe resta?

Parafraseando minha querida Anita:
Vem, vem, vem resposta vem!

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Quinta-feira, 8 de Março de 2007

Dia da Mulher, né?

Minha singela homenagem. Porque viver sem vocês é inimaginável!



Feminíssimo toque
Pétalas de mulher

Perfumam a vida.

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Terça-feira, 6 de Março de 2007

5 beijos que não dei. (IV)

Continuando a série de Não-Beijos...

4 - O convite para o chopp chegou no meio de uma tarde sufocante. A temperatura batia os 30 graus fácil, e o volume de trabalho era inversamente proporcional aos prazos. Tudo o que eu queria era a chance de me esparramar numna mesa do Filial e pedir uma caipirinha de lima com cachaça e pouco açucar, acompanhada de uma porção de torresminho.

Bem light, eu sei... mas pedi pouco açúcar!

Em um dos lugares de SP mais propícios para um recém-separado, uma profusão de mulheres na faixa de 25 a 30 e poucos desfila de camiseta, vestidinho ou mini-saia, para deleite dos olhos gulosos de um Lobo Véio.

Uma das que me chamam a atenção se dirige para a (já imensa) mesa da turma. Meus olhos a seguem, admirando as curvas da cintura, o tornear das coxas, os cabelos meio presos, meio soltos para combater o calor.

“J, esta é a Maria, esposa do Zé”, me diz alguém enquanto sua maozinha segura a minha e seu rosto se inclina para um beijinho através da mesa. Eu me mantenho afastado e cuprimento respeitosamente, só com um aperto de mão. Seu olhar divertido enquanto volta o corpo me diz que marquei alguns pontos, mesmo sem querer.

No decorrer da noite, com a profusão de cachaças, chopps e tira-gostos, o volume do papo cresce e meu interesse por ela também. A conversa inteligente, o sorriso fácil, até a canalhice do marido impelem a uma aproximação.

Por baixo da mesa sinto um contato. "Não pode ser", penso, enquanto sinto a pressão da pele macia no meu peito do pé. "é Muito clichê", protesta a voz interior, enquanto o centro nervoso registra cada milimetro ganho pelo audacioso pezinho, que é acompanhado de um sorriso non-chalant de matar de inveja um jogador de poquer.

A troca de olhares por cima da mesa segue discreta, enquanto o pé se aproxima de uma área perigosa: a barra da bermuda, já alta devido ao calor. Benditas as mesas de bar, pequenas e estreitas. Minhas coxas sentem seus artelhos se flexionando, como se fosse uma mão de criança brincando de caminhada.

Fecho os olhos, tomo um gole da caipirinha quente e sinto a arrancada final. Como se fosse a FEB subindo o Monte Castelo, ela sorri gloriosa ao chegar com os dedos na elevação indisfarçãvel sob a perna da bermuda.

"A conta!", alguém grita para o garçom...

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Segunda-feira, 5 de Março de 2007

5 beijos que não dei. (I a III)

De vez em quando pintam uns movimentos na “blogosfera” (nossa,como odeio esta palavra) que valem muito a pena.

Este “meme” me foi enviado pela Marisa , querida amiga nova/velha, com quem parece que dá pra falar de tudo. E através da lista (re)descobri a Giu escrevendo no Torpor e vários outros escribas de texto muito melhor do que o meu. Mas vamos lá.

Esses são meus três primeiros beijos que nunca aconteceram.

1 – O sol da tarde pintava o muro branco do colégio com um tom avermelhado que eu só saberia apreciar em muitos anos. Para o moleque de 10 anos, aquela luz mágica significava somente o fim da Educação Física e o término da semana letiva. Ou seja, o início de dois longos dias sem ver Luciana. Cabelos negros, caindo nos ombros, a camiseta regata mostrando um prenúncio de muher-menina, os olhos negros que olhavam com uma intensidade desconhecida até então.

A turma toda dizia que ela já tinha beijado na boca do Renato, o mais velho da classe e inveja secreta de todos nós. Repetente, seus maduros 12 anos eram uma dificuldade insuperável para nós. Tinha até pêlos debaixo do braço!!!

Na saída para o “especial”, ela fica do meu lado. Nervoso, deixo cair o livro com a rosa que levava para casa como presente de Dia das Mães. Nos abaixamos ao mesmo tempo, e os rostos se acham a milímetros de distância. Sua pele macia, cheirando ao sabonete do banho recém-tomado, convida ao contato.

Por eternos dois segundos, nos quedamos ali. Olho infantil no olho infantil, corações acelerados e o início de uma corrida hormonal até então inédita para mim.

Ainda sinto o cheiro de sua pele e o gosto (imaginário) de seus lábios de menina experiente.

2 – Quando a reunião do Grêmio estudantil chegou ao fim, só sobraram na sala eu – o presidente - e a primeira-secretária, responsável pela ata. Mestiça de Japonesa e Italiana, Yuki era um sonho de consumo de nove entre dez estudantes do segundo ano do segundo grau. Quando nossa chapa venceu a eleição para o Grêmio nos abraçamos inconscientemente e nos vimos olhando nos olhos um do outro em meio à balbúrdia da celebração.
Agora, dois meses depois de tomar posse e em meio a uma disputa intensa com a diretoria do colégio por mensalidades mais baratas e condições melhores para os alunos, nos achávamos flertando descaradamente. Yuki era namorada de um dos meus melhores amigos, linda e inteligente (sempre uma combinação matadora para mim).

Terminando a ata, assinamos o livro e saímos para o frio da tarde de Belo Horizonte. Naquele dia seu namorado tinha ensaio de violino, e ela estava sozinha. Me ofereci para esperar o ônibus com ela, e ficamos discutindo as propostas da Diretoria e as reivindicações dos alunos.

Mas eu só tinha olhos para aquela boca cheia, aqueles olhos semi-puxadinhos e os cabelos longos cascateando por cima da blusa justa do uniforme. Num lampejo de coragem, me aproximei de sua boca, senti sua respiração intensa... e ouvi seu ônibus chegando.

Estranhamente, ela nunca mais ficou até depois das reuniões do Grêmio.

3 – O calor de Maceió em Janeiro era completamente estranho para um moleque de Belo Horizonte. Acostumado aos 20 e poucos graus das montanhas de Minas, sentir o ar pesado e seco dos 30 e lá vai fumaça em um bairro pobre e quente da capital das Alagoas era um suplício.

Ainda mais por estar longe da praia, na casa modesta de uma tia-avó, no meio do Tabuleiro. Eram ruas de terra, que jogavam uma poeira quente e vermelha para dentro das casas. A compensação era ver Andréa, a prima-de-segundo-grau desfilando pra lá e pra cá de shortinho curto e camiseta sem mangas e sem sutiã.

Os hormônios dos 16 anos exudavam pela pele, ainda mais com a visão da ninfeta de 15 anos e pele dourada pelo sol do nordeste. Sem grana para ir à praia, nos restava ficar na sala vendo Sessão da Tarde debaixo do ventilador preguiçoso. Com aquele sotaque melódico e ritmado, a prima diz que vai trazer uma brincadeira “gostóza” para aliviar o calor.

Da geladeira sai uma faca de manteiga, daquelas sem corte. Ela se deita ao meu lado e me pede para ficar de bruços. De olhos fechados, sinto o gelado aço encostar nas minhas costas e mil arrepios percorrerem minha espinha. A faca sobe gentilmente pela minha coluna, até chegar ao pescoço e desenhar uma curva suave e safada pelo meu rosto. A sensação gelada é contra-balanceada pela respiração quente de Andréa, falando baixinho no meu ouvido. “Tá gostózo, primo?”

A resposta é um menear de cabeça e a aproximação daqueles lábios carnudos e convidativos. A faca cai ao chão, já na temperatura ambiente, muitos graus abaixo do que nossas peles sentem.

Seu gosto era tudo aquilo que imaginava. Sua língua achou a minha, e sua respiração ofegante prometia mil paraísos nordestinos e selvagens.

E a voz da minha tia chegando do mercado interrompeu um dos melhores não-beijos da história.

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Domingo, 4 de Março de 2007

For a certain Babe

Its quarter to three,
Theres no one in the place 'cept you and me
So set em up Joe
I got a little story I think you oughtta know

Were drinking my friend
To the end of a brief episode
So make it one for my babe

And one more for the road

I know the routine
Put another nickel in that there machine
Im feeling so bad
Won't you make the music easy and sad

I could tell you a lot
But you gotta to be true to your code
So make it one for my baby
And one more for the road

Youd never know it
But buddy Im a kind of poet
And Ive got a lot of things I wanna say
And if Im gloomy, please listen to me
Till its all, all talked away

Well, thats how it goes
And joe I know youre gettin anxious to close
So thanks for the cheer
I hope you didnt mind
My bending your ear

But this torch that I found
Its gotta be drowned
Or it soon might explode
So make it one for my baby
And one more for the road

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Sábado, 3 de Março de 2007

Total Eclipse of the Moon



Céu limpo em SP - o que é assaz raro - e um dos mais belos fenômenos astronômicos pôde ser apreciado em toda a sua plenitude neste sábado.

O eclipse total da Lua foi visto em toa a região Sudeste, com clareza e imagens belíssimas.

Daqui da janela da PaivaCaverna a visão era impressionante. Ainda mais acompanhada de um Cabernet Sauvignon 1999, um belo boursin de ervas e Mr Wynton Marsalis tocando os temas de Joe Cool.

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Great Expectations

Este mercado em que atuo é inconstante. Oportunidaes surgem e desaparecem sem qualquer ordem ou lógica.

Daí que, para os corações fracos, a sensação de se viver numa montanha-russa daquelas de Six Flags é constante.

O carrinho parou mais uma vez no topo, e olhando lá pra baixo dá um puta frio na barriga.

Será que agora vai? Tô meio cansado de esperar, de plantar e ver a sementinha até começar a germinar, mas algo no processo faz comque ela não floresça. Mas também, se parar de plantar vira um desertão, não é?

(Putz, se mistura de metáforas fosse categoria olímpica, eu estaria em Pequim fácil!)

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Back to the jungle

O idílio de um mês termina com a constatação de que um tigre não muda suas listras. Por mais que tentemos, certas coisas são imutáveis, sob pena de perda da identidade.

É triste, pois certas coisas que acontecem na nossa minha vida parecem vir na hora errada. Sometimes too soon, sometimes too late.

Eu sei, é assim com todo mundo. Nem por isso preciso gostar.

Babe, você é uma pessoa maravilhosa. Obrigado por tudo de bom que nos aconteceu nessas intensas semanas.

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Quinta-feira, 1 de Março de 2007

Shark!

Às vezes uma simples cena de um seriado basta para fazer cair a ficha e provocar uma torrente de pensamentos e de conclusões.

Shark, a nova série de advogados/investigadores da Fox parece uma versão de House para advogados. James Woods se comporta exatamente como Hugh Laurie, comandando usa equipe de jovens gênos com mão de ferro e uma rapidez de raciocínio digna dos melhores roteiristas.

E eu adooooro.

E Mr Nice Guy sucumbe cada vez mais à realidade da vida.

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Shift Happens!

Motivado pelo meu post abaixo, o sempre antenado DJ Smart descolou isso aqui.

Vejam com atenção. Até o fim da semana coloco uma radução do texto, mas a mensagem principal é a mesma que tenho batido sempre por aqui e nas minhas atividades profissionais:

Mexa-se!

Evolua!

Porque senão serás inexoravelmente tragado pelas rodas pelos bytes do tempo.

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