“A revolução não será televisionada.”
Esta afirmação, tão verdadeira na década de 70, já caiu em desuso e passou ter um significado completamente diferente. A (r)evolução já está em curso há tempos, e vem sendo acompanhada por blogs, twitters, wikisites, vÃdeos no youtube e comentada nas redes sociais. Mas faltava uma trilha sonora de acordo.
Pois atrevo-me a dizer que o primeiro elemento verdadeiramente revolucionário em Social Media que envolva Música é o Blip.fm.
Misturando as caracterÃsticas do Twitter com pitadas de Last.fm e de YouTube, o Blip se transformou na mais nova coqueluche do “povinho antenado” – os early adopters que acabam validando ou não iniciativas de colaboração e geração de conteúdo.
Centenas de usuários de twitter e blogs estão encantados, trocando trilhas sonoras, set lists e descobrindo maneiras interessantes de compartilhar sons e climas.
Mas “comofas”?
O funcionamento do Blip é relativamente simples. Uma vez feita a inscrição, o usuário tem a opção de fazer uma busca por tÃtulo de música ou autor. Achou a música? clique em play para ouvir no próprio site, em streaming. A música não apareceu? faça o upload pela ferramenta nativa do site e disponibilize para todos os outros blippers.
Uma vez que a música esteja tocando no seu perfil, outros usuários que bliparam o mesmo cantor ou estilo são colocados automaticamente na sua lista. Assim você não fica com aquela sÃndrome do newbie – uma lista vazia e só você e poucos gatos pingados populando sua página.
À medida que seus gostos vão se estabelecendo, outras pessoas vêem suas indicações e reconhecem seu gosto concedendo “props” – nada mais do que estrelinhas que reconhecem uma escolha particularmente feliz de música.
A vantagem sobre os Last.fm e congêneres é que, se a faixa não existir na biblioteca conjunta, o próprio usuário alimenta o pote comum com suas gravações, bootlegs, live recordings e cds próprios.
Como rentabiliza? como controla direitos autorias? Além dos termos de uso a que o usuário se compromete a respeitar, ainda não vi nada que controle esse elemento tão delicado. Com o tempo a RIAA ou alguém do tipo vai se manifestar.
O importante é ver que uma função realmente colaborativa envolvendo música finalmente está à disposição. E o pessoal está usando e adorando.
Este post, assim como o do Twitter com o Governador, estão reproduzidos no meu novo espaço dentro da Abril Blogs