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Em recesso

Como já deu pra perceber, faz tempo que não escrevo nada aqui.

O Wordsmith está em recesso – ou crise existencial, ou busca pela sua alma torturada…

Voltaremos logo. Enquanto isso, siga as aventuras do escriba no Twitter, Facebook, Instagram, Path, Pinterest, Foodspotting…

O Paredão das Eleições

Texto de autoria da Luana Hazine

O primeiro turno das Eleições de 2010 foram um reality show à parte. Vimos de perto a eliminação de bons candidatos e a aprovacão social dos piores tipos. Os brasileiros, mais uma vez, provaram que são totalmente conduzidos por polêmicas e bizarrices.

Como numa eliminação de Big Brother Brasil ou A Fazenda, os eleitores optam por manter os candidatos que causam polêmica, casos, palhaçadas e esquisitices; contra manter as pessoas sérias, concentradas, dedicadas e verdadeiramente aptas a vencer o jogo, pelo unico motivo da “diversão.

Votam em pessoas totalmente despreparadas e sem propostas, como se estivessem votando a favor de um conterrâneo que está no Big Brother, pelo único motivo de ele ser uma pessoa de sua cidade que está lá. Pior, votam na permanência de pessoas despreparadas, para garantir sua diversão da semana, seu assunto polêmico da hora do almoço.

É triste ver que as pessoas votaram em figuras como Tiririca, Batoré e Mulher Pera (ops…essa não), apenas por suas exposições midiáticas, sem nenhum mérito tangível ou proposta legislativa, e que seus discursos fracos porém divertidos (para não dizer ridículos) foram o suficiente para que eleitores, as vezes com mais discernimento político que os próprios candidatos, apostassem seus votos em polêmicas, histórias e por realmente acreditar que “Pior que tá não fica”.

Só que, nesse paredão, todos eles levam o prêmio… e nós é que somos eliminados, depois de dar aquela espiadinha.

Luana Hazine é publicitária, Coordenadora de Mídias Sociais da Agência Cartaz e, disclaimer, namorada deste escriba. Mas não é por isso que este texto está aqui

Notícias

Sumido daqui.

Toneladas de trabalho na AgênciaClick, muitas novidades no mercado nacional e no cenário internacional das mídias sociais.

Este mês de agosto já viu, em seu início, ações inovadoras como o novo site da ESPN (com seu novo sistema de navegação orgânico, por tags), as peças da campanha do novo Fiat Palio Adventure Locker, o lançamento do novíssimo site do Hot Pocket Sadia (com novidades iradas nos próximos dias).

Além disso, nos próximos dias, estarei participande de alguns eventos bem interessantes, como o Fórum de Redes Sociais da Revista Info e o curso de Midias Sociais da JumpEducation.

Com tudo isso acontencendo, mais o que está no forno e não pode ainda ser revelado, as postagens aqui devem continuar esparsas. Lamento, mas convido a todos para que acompanhem o que estamos preparando na AgênciaClick.

Sempre que der, trago alguns links bacanas aqui, ok?

Game, set, match…


Acabou nesta terça, na Costa do Sauípe, uma das mais brilhantes histórias do tênis brasileiro de todos os tempos.

Abatido, às lágrimas, Gustavo Kuerten tomou o microfone ao final de sua partida válida pela primeira rodada do Aberto do Brasil 2008 e anunciou: “Não é que eu não queira jogar mais, é que não consigo mais…”.

Com estas melancólicas palavras, o primeiro brasileiro a alcançar o posto mais alto do ranking da ATP se despediu de seu público e da vitoriosa carreira, em que amealhou três títulos de Grand Slam, uma Master Cup, diversos Masters Series, uma semifinal de Copa Davis e dois Abertos do Brasil.

Nestas duas últimas competições eu estava presente, como assessor de imprensa. Conheci de perto o carisma do cara, seu profissionalismo e sua maneira de ser e pensar.

Guga foi um grande tenista. Seu “hããããããããããã”, longo e gemido, era como o grito do Stuka quando mergulhava em direção ao alvo. E tão certeiro quanto. Seu golpe mais famoso, o back-hand de fundo de quadra, era devastador e mortalmente preciso.

Infelizmente o impulso que este genial catarinense deu ao tênis brasileiro se perdeu em picuinhas políticas, financeiras e ególatras. Estive nos bastidores e acompanhei muitas destas brigas, pessoalmente e por notícias de quem estava ali do lado. Vi esforços sérios e bem-intencionados serem descartados por virem do lado errado da rede. Acompanhei uma geração talentosa, que tinha esperança de seguir os passos do ídolo, se perder no saibro e na rápida – sem controle ou orientação adequados.

Nada disso muda a grandeza do homem Kuerten.

Que você possa descansar – merecidamente – em sua amada Joaquina, surfando e tocando (mal) seu violão.

Starting Over

Começar de novo... cada vez melhor!Toda virada de ano é a mesma coisa: O pessoal faz promessas, listas de resoluções, juras de que vai começar o regime ou terminar aquele post enorme que aguarda na pasta de rascunhos.

Fato é que, mais do que a simples virada de calendário, o Ano-Novo marca um recomeço. A oportunidade de parar e analisar o que foi feito nos últimos 365 dias, aprender as lições e os erros cometidos.

Uma simples análise não basta para apre(e)nder tudo o que evoluiu em 2007 na área de novas mídias, redes sociais e na comunicação digital de uma maneira geral.

As apostas para o ano que começa variam desde a definitiva evolução do pensamento mobile até a aposta de que desta vez os blogs passarão a ser respeitados (e remunerados) como o veículo importante que são.

Aqui no Wordsmith, cada vez mais, colocarei as fontes e referências com que – incessante e teimosamente – procuro abastecer meu cerébro para direcionar nossos esforços na busca do novo e que funcione.

O ano começou… que seja luminoso e proveitoso para todos nós.

Cross Media e integração de produto

Há algum tempo, quando estava em uma agência pequena daqui de São Paulo, recebemos um briefing para criar uma promoção que alavancasse as vendas de um produto voltado para meninas entre 12 e 17 anos.

Uma das propostas que criei era a de dar, em um pack promocional, um mini-memory stick, carregado com conteúdo personalizado da marca – como avatares, ícones de MSN, templates de blog – e ainda que garantisse acesso a uma área exclusiva do site do produto, com conteúdo ainda mais personalizável, contra o preenchimento de um cadastro.

A idéia foi abortada ainda na agência, depois de ter sido entusiasticamente adotada pela Criação e pelo Planejamento, sob a alegação de que não pegaria, o cliente (multinacional de produtos de cuidados para a pele) não ia gostar, etc.

Daí vejo isto:
Barbie.com

Bacana, né?

Números…

Segundo o IDGNow, o Brasil já tem quase 18 milhões de internautas residenciais. Isto significa cerda de impressionantes 10% da população brasileira navegando em casa – com calma, sem precisar ficar alerta ali no alt-tab pra voltar pro excel ou pro word de trabalho, fazendo o que gosta e vendo o que quiser. E o tempo gasto online também cresceu, para 22 horas e 45 minutos por mês.

Importante também citar que o aumento do número de brazucas se deve aos programas de inserção digital, aos computadores mais baratos e à popularização da banda larga pelos provedores.

O que os dados do Ibope/NetRatings nos dizem? Primeiro, que o público potencial a ser impactado cresce de maneira sensacional. Segundo, que este público tem tido mais tempo para prestar atenção no que lhes é oferecido, clicando mais e com mais atenção. Desde que o conteúdo seja inteligente… ou no mínimo atraente. Terceiro, que um público que não tinha acesso aos serviços, produtos e atrações está entrando verde no mercado. Não chega a ser uma tábula rasa, mas é um potencial de vendas e de conversão enorme.

A tendência é de aumento cada vez maior. Que nós possamos aproveitar este momento para oferecer conteúdos que valham à pena, não meras reproduções de TV e impresso nem ficar no formatinho banner/intervenção. Que tal conquistarmos pela inteligência? Pela inovação? Pelo bom-gosto?

Aí sim, está um bom desafio!

Ondas de choque

Por toda a comunidade da comunicação, reverberam os resultados de Cannes que mostraram que os dinossauros da publicidade finalmente viram que seu próprio meteoro atingiu a Terra e os está levando à extinção.

AdAge, Blue Bus, blogs de profissionais, Meio & Mensagem, Folha de Piraricu do Sul… ninguém ficou impune aos resultados divulgados na França, mas ainda abundam teorias e tentativas de interpretação.

Vai ser interessante ver as referências cruzadas, os relatos de quem esteve em Cannes e quem acompanhou via internet – e teve uma compreensão até mais ampla de quem esteve in loco – sobre que rumo tomar. As conferências, segundo os posts, foram muito mais de constatação da mudança de direção do que de indicações de caminhos claros a seguir.

Os premiados, na maioria das vezes, já haviam sido dissecados em blogs e publicações de todo o globo. Cannes passou a ser ratificador ao invés de lançador de tendências.

E é bom o Brasil ficar esperto. Quem não se adaptar vai ter o mesmo destino dos Velociraptors e T. Rex: virará petróleo e vai acabar impulsionando a próxima geração dominante no planeta Comunicação… os Integrados.

De títulos e nomes

Já há algum tempo venho assinando meus e-mail como Creative Planner. Abandonei o título de Redator desde que me conscientizei que o que eu fazia, nas agências em que passei, era mais do que simplesmente redigir textos e/ou criar peças de comunicação. Sempre tive uma preocupação com a estratégia, com a figura maior.

Agradeço o despertar deste interesse à Motivare, primeira grande agência em que trabalhei aqui em SP e que tem o credo de que quem planeja é o criativo.

E é esta palavra o centro das atenções. Hoje a Fernanda Romano publicou no Blue Bus um texto que serve como um certo desabafo e, para mim particularmente, um desagravo.

Diz a Fernanda que 2007, finalmente, é o ano em que “o Festival de Cannes festejaria mais as idéias e menos as execuçoes, o ano em que os 8 ou 9 mil delegados escolheriam ver o shortlist de Cyber e Titanium antes do shortlist de Filmes. O ano em que os criativos do mundo todo voltariam de Cannes e mudariam suas pastas pra dizer ‘criativo’ – e nao redator ou diretor de arte”.

Leia o texto completo, na formatação tradicional do Blue Bus, sem acentos.

Manda quem tem l’argent, obedece quem tem dívidas…

O que é ATL? O que é BTL? Dá pra fazer comunicação separando tudo ainda? Qual o sentido da vida, do universo e tudo mais?

Ok, para a última pergunta, já sabemos que é 42. Mas para as primeiras, cada vez mais a disputa fica confusa. Quem ainda sabe onde está a linha, a tal que fica acima ou abaixo dos planejamentos e estratégias? Ainda se pode pensar num lançamento definindo puramente o sprint inicial com comerciais na Globo, páginas seqüenciais na Veja, Folha e O Globo e sustentação com ações de PDV, amostragem e sampling? Internet ainda é BTL?

É complicado, porque manda quem tem l’argent, obedece quem tem dívidas…  e as reuniões de criação ficam cada vez mais parecidas com uma batalha de gerações.

Me parece cada vez mais claro que os imigrantes digitais vão sendo acuados pela nova geração nativa, que entende que 360 graus é mais do que um conceito “revolucionário”.

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