Category Archives: Digital Age 2007

Quem conhece o 2ndL? Digital Age, day 2

Como não podia deixar de ser em um evento que foca as novas encarnações da mídia, o Second Life foi citado a torto e a direito na Digital Age 2.0. Uns falando bem, outros mal, uns entendendo o que há para se fazer, outros ainda tateando no metaverso. A Qualibest preparou uma pesquisa para entender melhor quem conhece o Second Life – e quantos desses efetivamente gostaram, voltam e vêem relevância na ferramenta.

Apesar de ter achado – particularmente – que a apresentação foi fraca, alguns dados interessantes surgiram. Mais de 70% dos internautas brasileiros já ouviram falar, pelo menos, do Metaverso da Linden Labs. Mas entre ouvir falar e usar vai uma distância grande ainda.

O especialista Ernesto Nunes diz que há uma expectativa de igualar ou superar o fenômeno do Orkut, com os brasileiros superando americanos e alemães e assumindo o primeiro lugar entre os usuários.

44% dos participantes da pesquisa já ouviram falar do Second Life, mas nunca entraram na rede. Entre os que já tentaram se aventurar, 13% já entraram no site, mas não completaram o cadastro (achando muito complicado ou burocrático); 11% já entraram, mas não são usuários ativos e 4% são ativos (navegam pelo menos uma vez por semana). Mas 28% dos entrevistados nem sabem o que é Second Life.

E a mega cobertura que a mídia tem feito sobre a novidade tem funcionado. Grande parte dos novos usuários chegou até o SL por causa do buzz gerado por matérias em jornais, TVs e sites.

A pesquisa diz que a população brasileira no 2ndL deve chegar a dois milhões de habitantes até abril de 2008!

Darwinismo Digital – Aulas de sobreviência no 2° dia da Digital Age

O segundo dia do Digital Age começou com a palestra do diretor executivo de uma das mais criativas agências digitais do novo mercado.

Joseph Crump, da Avenue A/Razorfish, continuou de onde o primeiro dia tinha acabado: Como evolui a presença das marcas digitais em uma era em que o branding está se transferindo das mídias tradicionais para os novos meios.

A resposta de Crump: Adapte-se ou morra.

Já sabemos que a web criou uma nova maneira de fazer negócios, que evoluiu para um ecossistema que está fora de controle. E as marcas que não evoluírem rápido vão ser devoradas pelos concorrentes maiôs adaptados. Daí o título da palestra: “Darwinismo Digital”. E, segundo Crump, o Brasil tem vantagens evolutivas nos negócios on-line, mas precisa se adaptar. “Tudo indica que o Brasil será uma das áreas de maior crescimento em todo mundo”, ele disse. “O futuro está aqui. Ele só está mal distribuído”.

Como vários outros gurus do mercado, ele também tem suas regras para as marcas. São elas:

* O cliente está no controle. Por exemplo, os já clássicos Mentos + Coca Cola e Will it Blend são exemplos de como o poder está nas mãos dos usuários, com a expansão da banda larga

* A lealdade às marcas está diminuindo. E para segurar o interesse, devemos superar os estímulos dos concorresntes.

* Todas as marcas são digitais. Para Crump, não há mais como ignorar o universo digital.

* Você tem 50 milissegundos para impressionar. E este é todo o tempo que você tem para fazer com que o consumidor decida se gosta ou não do seu site.É a metade do tempo de um piscar de olhos, diz Crump.

* Os plagiadores vão sofrer. E usou um exemplo interessante: “Imagine entrar em um shopping em que todas as lojas são iguais. É entediante”.

E aí? Como sobreviver em um cenário selvagem como esse? Para o diretor da RazorFish, as marcas com DNA digital devem ter sete características: novas, adaptativas, sociais, mutáveis, imersivas, relevantes e autênticas.

Daqui a pouco falamos sobre o painel de controle de crise e a pesquisa sobre o perfil do usuário brasileiro de Second Life.

Digital Age – O comercial de 30″ vai morrer?

Não.

Mas também não vai ser o mesmo, nem terá a mesma importância em muito pouco tempo.

Este pode ser considerado o resumo do último painel do dia, que colocou fogo na discussão da Digital Age 2.0 . Suzana Appleubaum (Ex-Africa e agora na novíssima Hello) e Luis Grottera (TBWA) defenderam seus pontos de vista pró e contra a massificação da internet como mídia principal da comunicação e o que acontecerá com os formatos consagrados de publicidade.

As discussões foram acaloradas, com Grottera atacando muitos dos argumentos usados pelos gurus da parte da manhã – como o ROI das iniciativas de mídia social e o foco em ações online com acessórios de mídia tradicional – enquanto Suzana defendia o planejamento estratégico on-line ousado e quebrando paradigmas, respeitando as diferenças de cada cliente.

Ela começou mostrando os cases de Nike + e Diesel.com, premiados em Cannes este ano e que mostram muito claramente a ruptura com o modelão tradicional de programação de mídia tradicional. Porém, todos os exemplos se valeram de alguma forma do tradicional comercial, seja como apoio de mídia, seja como complemento do conceito criativo.

A ex-diretora de criação da África (e ex-Clicker) reforçou o ponto que está se mostrando o ponto de consenso desta discussão: Em uma era de tantas oportunidades de comunicação, é preciso envolver o consumidor com um conteúdo que mescle entretenimento, serviço, interação com o produto e entre os próprios consumidores.

Luis Grottera, por sua vez, defendeu ardorosamente o formato atual, apontando que a Web 2.0 ainda não é a panacéia que se propaga por aí. Relembrando as diversas previsões de fim do modelo conhecido pelo homem a cada revolução (máquinas a vapor, eletricidade, energia nuclear, televisão), o CEO da TBWA apontou que, caso os hábitos de consumo e comportamento dos jovens dos anos 70 fossem levados tão a sério e estudados como se faz com os de hoje, seríamos um grande e feliz bando de hippies. Será?

Provocando reflexões válidas, Grottera enumerou questões como “A Internet é boa porque é barata?”, “A propaganda brasileira está pronta para a Internet”, “A Internet é ATL ou BTL?”.

Cada uma dessas questões tem respostas variadas, mas o fato é que o modelo em que se baseia a comunicação e quem defende o formato atual – mesmo que com leves modificações, como mostrou o case “The Uncles” da TBWA para o Nissan Sentra, que usou o formato de 30” para criar teasers e depois apresentar o produto – pode estar apostando em um modelo de negócio que, mesmo que ainda válido, é baseado em conceitos vindos de uma era que mudou.

Sem controle na Digital Age

Não tente controlar o que sai na rede sobre teu produto/empresa/serviço. Pelo contrário, estimule as diversas reações, fornecendo as ferramentas para que isto aconteça

Grosso modo, esta é a mensagem da segunda parte do Digital Age 2.0

Os painéis da tarde desta quinta se fixaram em um tema muito caro a todos nós, que lidamos com a imagem de nossos clientes: Como lidar com a participação cada vez maior dos consumidores na interação com as marcas?

O diretor da Neo@Ogilvy, Javier Mantilla, resumiu em poucas palavras o que fazer quando se envolve o universo de wikis, redes sociais e a inteligência coletiva:, Escute, converse, envolva, aprenda.

Seja no Second Life (que mereceu váááários comentários de todos os palestrantes), em uma comunidade criada por usuários do produto ou pela própria empresa, ou na TV Digital, há que se re-pensar e re-inventar a comunicação e re-pensar as vias de comuinicação.

Em resumo – e é o que rolou nos outros painéis do dia – não dá pra querer controlar o que aparece na internet ou como nossa mensagem impacta um grande grupo de pessoas. Precisamos, sim, é guiar estas mensagens para que elas sigam no rumo que planejamos. E pensar muito antes de soltar uma ação destas.

Agora está começando o painel sobre a nova identidade digital. Daqui a pouco tem mais comentários.

Está gostando? quer comentar algum painel ou sugerir uma pergunta? Comente!

Mais Digital Age

A segunda palestra desta manhã foi uma vídeo-conferência de John Battelle, fundador da Wired e autor do livro A Busca, que conta a história do Google. Falando direto de Martha´s Vineyard, Battelle contou um pouco da história das buscas, contextualizando com a procura pelo melhor resultado tanto do cliente em potencial como das empresas.

Achei meio fraca, ainda mais com as limitações de um ppt apresentado remotamente e sem a possibilidade de interação com a platéia. Pelo carisma de Battelle, uma apresentação ao vivo teria sido tão boa quanto a de Lidnstorm.

Para terminar a manhã, o VP da Forrester Research, Josh Bernoff, falou sobre ROI em redes sociais. Grande interesse para este escriba e, apesar do estilão lento de Bernoff, um conteúdo relevante.

Usando cinco pilares básicos (Ouvir, Falar, Energizar, Suportar, Engajar), o VP da Forrester deu insights interessantes e contou cases muito úteis, onde empresas conseguiram retornos excepcionais com investimentos ínfimos, se comparados às campanhas tradicionais. Mas há que se tomar cuidado, para não jogar a marca em um terreno selvagem.

E este assunto é o gancho para a primeira palestra da tarde, com o diretor da Neo@Ogilvy Javier Mantilla, que está começando agora. Daqui a pouco eu volto.

Live from the Digital Age 2.0

O primeiro dia da Digital Age está correspondendo a todas as expectativas.

Aqui no WTC Hotel em São Paulo os principais players do mercado, reunidos para ouvir e interagir com alguns dos mais destacados gurus, como Martin Lindstrom e John Batelle, fundador da Wired e autor do livro A Busca, que conta a história do Google.

A palestra de Lindstrom, chamada Contextual Branding: O futuro da construção de marcas, foi uma das melhores que vi em eventos deste tipo. O já batido tema de que devemos reaprender tudo o que sabemos sobre comunicação é levado de volta à superfície de uma maneira bem 2.0.

Interagindo com a platéia, Lindstrom mostra a diferença entre a abordagem dos velhos tempos de mercado, com uma comunicação de mão única, e a atual, que atinge a Geração Y da maneira como estes novos consumidores entendem. Eles, que nasceram com o mouse na mão e se comunicam por SMS em uma língua própria. Como esperar que criadores nascidos em 1950 ou 1960 falem clom eles de uma maneira direta?

Daqui a pouco eu volto, comentando a tele-conferência de Batelle.