All posts by Jeff Paiva

Live from the Digital Age 2.0

O primeiro dia da Digital Age está correspondendo a todas as expectativas.

Aqui no WTC Hotel em São Paulo os principais players do mercado, reunidos para ouvir e interagir com alguns dos mais destacados gurus, como Martin Lindstrom e John Batelle, fundador da Wired e autor do livro A Busca, que conta a história do Google.

A palestra de Lindstrom, chamada Contextual Branding: O futuro da construção de marcas, foi uma das melhores que vi em eventos deste tipo. O já batido tema de que devemos reaprender tudo o que sabemos sobre comunicação é levado de volta à superfície de uma maneira bem 2.0.

Interagindo com a platéia, Lindstrom mostra a diferença entre a abordagem dos velhos tempos de mercado, com uma comunicação de mão única, e a atual, que atinge a Geração Y da maneira como estes novos consumidores entendem. Eles, que nasceram com o mouse na mão e se comunicam por SMS em uma língua própria. Como esperar que criadores nascidos em 1950 ou 1960 falem clom eles de uma maneira direta?

Daqui a pouco eu volto, comentando a tele-conferência de Batelle.

Blogs nas eleições… americanas

Nota do Blue Bus de hoje mostra que os 8 candidatos democratas que disputam a vaga do partido para as eleições presidenciais nos EUA em 2008 vão participar do YearlyKos, evento em Chicago que reúne blogueiros e ativistas de esquerda.

Vai rolar um debate entre os candidatos e também encontros individuais com alguns dos mais influentes blogueiros.

lá já há a noção de que os blogs podem ajudar na arrecadação de fundos e na mobilização das comunidades de usuarios.

São 200 jornalistas credenciados para o evento. E aqui? O BlogCamp 2010 vai ter presença de algum candidato?
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Ainda a imensidão vazia

Muita gente continua comentando as histórias de que o Second Life morreu, virou purpurina, cantou pra subir. As matérias do LA Times e da Wired apontam para os espaços vazios, as empresas que desistem de suas unidades no metaverso e a impressão (correta, na maioria das vezes) de que não há lá muita coisa pra se fazer em determinados lugares.

Uma defesa apaixonada, mas cheia de bons argumentos, foi feita (em inglês) pelo StoryGeek. Entre outros motivos para o chamado apagão demográfico, o escritor aponta que o Second Life não é exatamente Chicago ao meio-dia, mas tm um movimento respeitável para um ambiente que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Além disso, considere que seu escritório funciona das 8 às 18h. Ele está fadado ao fracasso por ficar 14h por dia vazio?

Continuo batendo na tecla: o 2ndL é pioneirismo puro, o equivalente 3D ao Gopher ou ao ICQ. Tem muita coisa ainda a ser aprendida, descoberta e divulgada.

BlogCamp

BlogCamp2007

Seguindo o modelo de desconferência do BarCamp, Manoel Netto sugeriu a realização de um “BlogCamp“.

E o que é isso?
A idéia é reunir não apenas blogueiros, mas gente interessada em toda a cultura de blogs para colaborar, debtaer o que significa esta nova forma de expressão que vem mudando a maneira como as informações são reunidas, divulgadas e consumidas.

Seguindo o modelo do Barcamp, o evento é (des)organizado enquanto acontece, sem ter uma programação fechada ou palestrantes definidos: são os próprios participantes que decidem a grade de discussões no começo de cada dia.

Para dar um direcionamento mínimo, antes do evento alguns temas são propostos na página do evento.

A parada acontece nos dias 25 e 26 de Agosto, no Espaço Gafanhoto (Av. Rebouças, 3181), aqui em São Paulo. Ao mesmo tempo, deve acontecer uma versão no Second Life, para aqueles que não puderem vir à capital paulista.

Gostou da idéia? tem opiniões sobre pro-bloggers, CMS, jornalismo colaborativo em blogs, novas formas de divulgação de notícias? Inscreva-se!

Cross Media e integração de produto

Há algum tempo, quando estava em uma agência pequena daqui de São Paulo, recebemos um briefing para criar uma promoção que alavancasse as vendas de um produto voltado para meninas entre 12 e 17 anos.

Uma das propostas que criei era a de dar, em um pack promocional, um mini-memory stick, carregado com conteúdo personalizado da marca – como avatares, ícones de MSN, templates de blog – e ainda que garantisse acesso a uma área exclusiva do site do produto, com conteúdo ainda mais personalizável, contra o preenchimento de um cadastro.

A idéia foi abortada ainda na agência, depois de ter sido entusiasticamente adotada pela Criação e pelo Planejamento, sob a alegação de que não pegaria, o cliente (multinacional de produtos de cuidados para a pele) não ia gostar, etc.

Daí vejo isto:
Barbie.com

Bacana, né?

Primeiro passo… rumo a quê, mesmo?

E aí rolou o debate dos pré-candidatos democratas promovido pela CNN/You Tube, com perguntas feitas em video pelos usuarios.

Os analistas políticos acharam fraco, os gurus do Conteúdo Gerado por Usuário acharam censurado (a CNN teria escolhido só pergunts inócuas) e os candidatos adoraram a possibilidade de sair do formatinho padrão.

Mas a grande vitória do evento foi conhecida nesta quarta-feira, depois que as pesquisas de audiência foram fechadas. O debate resultou na melhor audiência entre os espectadores de 18 a 34 anos, considerando todos os debates já transmitidos até hoje pela TV a cabo americana.

E isto é muita coisa!

No geral, o encontro foi assistido na TV por 2,6 milhões de pessoas, segundo a Nielsen Media Research – o 2o debate mais assistido da temporada.

O que isso significa? Que, no mínimo, começa a aparecer um formato que atraia um público altamente dispersivo, mas que detém um formidável poder de decisão – econômica e política.

A se conferir os próximos desenvolvimentos.

(r)evolução na política…

…americana, infelizmente.

Hoje acontece nos Estados Unidos um debate presidencial com os candidatos que lutam pela indicação do partido Democrata.

A novidade do debate é que eles responderão a perguntas enviadas pelos próprios eleitores, através de uma página especial do You Tube, em parceria com a CNN.

Além dos vídeos selecionados para ir ao ar, uma série de performances bizarras, perguntas ultrajantes ou mesmo pura exibição garantiram um nível de conhecimento e participação raríssimo num país em que votar não é obrigatório.

Confira os 10 vídeos escolhidos pela revista Time, fora das questões seleciondas para o debate. É uma espécie de “Nem Big, Nem Brother” americano.

Caiu a ficha sobre o 2ndL?

O bafafá do dia é a notícia publicada no Los Angeles Times, que diz que muitas empresas estão desisitindo do Second Life.

Repercutida no Blue Bus, a nota dá como exemplos a ilha da Dell que estava deserta durante a visita da reporter. Também estava vazio o espaço do Geek Squad, da Best Buy. A American Apparel – case de sucesso na época da instalação – fechou sua loja na comunidade virtual e a Aloft, do grupo Starwood Hotels & Resorts, que tentou um hotel virtual, está fechando e doando seu espaço.

Acredito que esteja começando um processo de depuração.

Como já comentei aqui e em outros espaços, o 2ndL é um precursor do que pode ser uma maneira revolucionária de navegar e interagir na Internet. Os pioneiros se estabelecem ou não. Não adianta fornecer em um mundo virtual soluções que funcionam na RL (Real Life), se os avatares não têm sede, fome, precisam dormir ou serem transportados.

Vamos ver muitas ilhas-fantasma ainda, enquanto mais gente vai entrar, descobrir o que rola e ficar, ou quebrar a cara. É darwinianismo puro! O papel de quem hoje planeja e cria para o Metaverso é mostrar que a evolução é possível e factível, desde que com um modelo de negócios e conteúdos concretos e relevantes.

It’s evolution, baby!

Números…

Segundo o IDGNow, o Brasil já tem quase 18 milhões de internautas residenciais. Isto significa cerda de impressionantes 10% da população brasileira navegando em casa – com calma, sem precisar ficar alerta ali no alt-tab pra voltar pro excel ou pro word de trabalho, fazendo o que gosta e vendo o que quiser. E o tempo gasto online também cresceu, para 22 horas e 45 minutos por mês.

Importante também citar que o aumento do número de brazucas se deve aos programas de inserção digital, aos computadores mais baratos e à popularização da banda larga pelos provedores.

O que os dados do Ibope/NetRatings nos dizem? Primeiro, que o público potencial a ser impactado cresce de maneira sensacional. Segundo, que este público tem tido mais tempo para prestar atenção no que lhes é oferecido, clicando mais e com mais atenção. Desde que o conteúdo seja inteligente… ou no mínimo atraente. Terceiro, que um público que não tinha acesso aos serviços, produtos e atrações está entrando verde no mercado. Não chega a ser uma tábula rasa, mas é um potencial de vendas e de conversão enorme.

A tendência é de aumento cada vez maior. Que nós possamos aproveitar este momento para oferecer conteúdos que valham à pena, não meras reproduções de TV e impresso nem ficar no formatinho banner/intervenção. Que tal conquistarmos pela inteligência? Pela inovação? Pelo bom-gosto?

Aí sim, está um bom desafio!

Quem nos conhece mesmo?

Acaba um painel, começa outro.

A bola da vez é a ad:tech Miami, que reuniu ontem e hoje alguns dos executivos top do mercado latino para discutir – o que mais – os rumos da comunicação integrada. Mas o twist da coisa é que os mercados em discussão são bem diferentes, apesar de dividirem a mesma parcela continental. E nem todo mundo sabe o que o vizinho, hermano oubrother está fazendo para se comunicar com seu público, que só agora acorda ou tem acesso às possibilidades digitais.

Daí que temos títulos de key-notes como “Living with the Internet – Experiencing the Digital Revolution from a Latin American and US Hispanic Perspective“, do Fernando Madeira (Terra). E os comentários de quem não conhece o mercado brasileiro, como a peruana Mariví, que se surpreendeu com a falta de “brasileirice” do painel comandado pelo Maurício Palermo (IAB Brasil). Segundo Mariví, “foram poucos insights sobre como os brasileiros se comportam online, quão responsivos são com relação à publicidade online, etc. Este painel poderia ter sido sobre a Romênia ou qualquer outro país. Senti falta de paixão, da cultura”.
E isto vindo de uma especialista em mercado latino, com 10 anos de experiência na TBWA/Lima e depois Worldwide!

Vale checar o blog da edição Miami e esperar o painel de Chicago, que acontece em 31 de julho.