Não.
Mas também não vai ser o mesmo, nem terá a mesma importância em muito pouco tempo.
Este pode ser considerado o resumo do último painel do dia, que colocou fogo na discussão da Digital Age 2.0 . Suzana Appleubaum (Ex-Africa e agora na novÃssima Hello) e Luis Grottera (TBWA) defenderam seus pontos de vista pró e contra a massificação da internet como mÃdia principal da comunicação e o que acontecerá com os formatos consagrados de publicidade.
As discussões foram acaloradas, com Grottera atacando muitos dos argumentos usados pelos gurus da parte da manhã – como o ROI das iniciativas de mÃdia social e o foco em ações online com acessórios de mÃdia tradicional – enquanto Suzana defendia o planejamento estratégico on-line ousado e quebrando paradigmas, respeitando as diferenças de cada cliente.
Ela começou mostrando os cases de Nike + e Diesel.com, premiados em Cannes este ano e que mostram muito claramente a ruptura com o modelão tradicional de programação de mÃdia tradicional. Porém, todos os exemplos se valeram de alguma forma do tradicional comercial, seja como apoio de mÃdia, seja como complemento do conceito criativo.
A ex-diretora de criação da Ãfrica (e ex-Clicker) reforçou o ponto que está se mostrando o ponto de consenso desta discussão: Em uma era de tantas oportunidades de comunicação, é preciso envolver o consumidor com um conteúdo que mescle entretenimento, serviço, interação com o produto e entre os próprios consumidores.
Luis Grottera, por sua vez, defendeu ardorosamente o formato atual, apontando que a Web 2.0 ainda não é a panacéia que se propaga por aÃ. Relembrando as diversas previsões de fim do modelo conhecido pelo homem a cada revolução (máquinas a vapor, eletricidade, energia nuclear, televisão), o CEO da TBWA apontou que, caso os hábitos de consumo e comportamento dos jovens dos anos 70 fossem levados tão a sério e estudados como se faz com os de hoje, serÃamos um grande e feliz bando de hippies. Será?
Provocando reflexões válidas, Grottera enumerou questões como “A Internet é boa porque é barata?â€, “A propaganda brasileira está pronta para a Internetâ€, “A Internet é ATL ou BTL?â€.
Cada uma dessas questões tem respostas variadas, mas o fato é que o modelo em que se baseia a comunicação e quem defende o formato atual – mesmo que com leves modificações, como mostrou o case “The Uncles†da TBWA para o Nissan Sentra, que usou o formato de 30†para criar teasers e depois apresentar o produto – pode estar apostando em um modelo de negócio que, mesmo que ainda válido, é baseado em conceitos vindos de uma era que mudou.